21 de jun. de 2012

Neuras de uma infância anti-portas

UPDATE: Galera, essa semana eu estou cheia de provas, então só postarei nesse próximo final de semana, que é quando estarei de férias. Beijos e não deixem de comentar!

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Sou uma pessoa bem realista (de acordo com o meu professor de inglês - que também é psicanalista e sabe distinguir a personalidade da pessoa só olhando a caligrafia dela), levo mais a sério a razão que a emoção. Então por essa razão (ou não) acho que pode acontecer um desastre em tudo, é tanto que esse cérebro medroso fica mandando mensagens para todo o corpo como se algo ruim fosse acontecer, ou seja, mau pressentimento.

Isso vive me perseguindo, se eu estiver atravessando a rua, tenho a impressão de que um carro do nada vai me atropelar (acho que isso acontece por trauma, já que muitos parentes morreram de acidente de carro), se estiver entrando em uma loja, tenho a impressão de que a porta (aquelas que se abrem para cima e se fecham para baixo) vai cair e esmagar meus miolos, tenho a impressão de aquelas portas automáticas de garagem (aquelas que se abrem de lado) vão me imprensar e não vai dar tempo passar, ah! Também tenho medo de porta de elevadores, parece até que quando vou passar, elas vão me esmagar. Tenho também aquele medo menos racional e mais sobrenatural, que é quando eu estou sozinha em casa fico olhando direto para a porta do banheiro (que fica entreaberta) e dá a impressão de que tem uma sombra estranha me observando (mais precisamente uma criatura de capuz), quando na verdade é a sombra da toalha.

Você deve ter notado que quase todos esses medos (menos um) envolvem portas não é? Então deduzi que eu tenho uma fobia contra portas. Pena que não encontrei um nome ideal para esse tipo de fobia portafobia conta?. Acho que tudo isso se dá à traumas de infância. Me lembro que quando eu era menor, quando brincava de esconde-esconde (ou pega-pega, não sei), saí correndo atrás de minha irmã mas ela fechou a porta antes de eu a alcançar, e fechou a porta no meu dedo. A porta era uma dessas portas "grosseiras", feita de ferro e velha. Como eu gostava de chorar (já falei sobre isso aqui) e a dor tinha sido imensamente forte (minha unha caiu) soltei um longo pranto. Fui parar no hospital onde a médica me receitou uma compressa de água gelada e quente todo dia. Se eu não me engano, tinha apenas cinco anos, e isso se repetiu mais duas vezes com a mesma brincadeira. Também assistia muito esses filmes infantis que tinham muitas bruxas abrindo portas, (aquele tipo de cena que as crianças ficam escondidas e só vendo o trinco se mexer ou uma mão horrenda aparecer) e isso também complementa.

Então deduzi novamente que tudo isso se deu por traumas de infância. Li sobre isso e pelo que entendi os traumas de infância permanecem no subconsciente e depois de maior, a pessoa o encaixa no comportamento atual. E isso atrapalha muito, pois você fica com aquele pensamento encucado na sua cabeça de que "Portas são perigosas, elas podem te machucar..." quando na verdade elas só são pedaços de madeira (ou outro material) que servem para tapar a passagem. Bem, se isso é fobia não sei (está mais para não), só sei que isso fica preso em minha mente, e mesmo quando tiver cinquenta anos, vou olhar para as portas de um jeito diferente. E você, tem algum trauma de infância?

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