13 de set. de 2012

Até onde vai sua banalização?

Bem, primeiramente perdoem-me pelo meu sumiço, confesso que foram mais de duas semanas sem um post. Mas como eu sempre falo aqui, a inspiração anda meio transparente ultimamente, às vezes eu tenho uma ideia no começo do dia, mas no fim quando vou postar, perco as palavras. Mas enfim, aqui estou eu, inclusive esse post é um rascunho e eu só finalizei agora. Vou ser sincera, talvez não poste todos os dias, mas as minhas ideias estão voltando. Daí eu tô fazendo uns rascunhos, e vou amontoando pra eu ficar mais despreocupada com a frequência de posts.

Mas voltando, vou falar de um assunto que eu acho que está sempre presente nos meus posts, mas eu nunca trato sobre ele diretamente. Porque estou cansada de quanto as pessoas tornam banal, fútil, o que é importante. Tanto na internet, quanto na vida real, sempre tem um chato lá pra banalizar tudo e mais pessoas chatas irem na onda e banalizarem junto. Enfim, separei dois tópicos pra falar sobre, acho que se eu escrevesse tudo junto, seria cansativo.

Música
Pra mim música é um conjunto de boas sensações, não se trata apenas de notas e partituras. Sempre que você ouve uma música, dá alguma sensação em você. Ânimo, emoção, êxtase, inspiração... enfim! Mas hoje em dia, as letras estão ficando cada vez mais toscas. Palavras inventadas e sem nexo misturadas com ritmos parecidos, sem falar nas mensagens que algumas passam, e não, não estão subliminares, estão muito explícitas. Um grande exemplo é o funk, não posso dizer que o odeio, mas posso dizer que odeio o que ele se tornou. O Funk original surgiu nos Estados Unidos, era um daqueles ritmos normais, dançados até por pessoas cultas, era uma mistura de jazz, com soul, com blues, essas coisas, mas aqui no Brasil? Se tornou um verdadeiro prostíbulo cantado (desculpem-me o termo, mas estou inspirada). Você já observou a letra? (Se não, não observe, é melhor), mais sujas, impossível. E enquanto muitos funkeiros dizem que rock é do diabo (Confundem com bandas de Death Metal e Black Metal), eles não param para pensar que o próprio funk faz alusão ao mal, só que a humanidade já está tão estragada que nem percebe. Mas não pense que sou baba ovo dos EUA não, a música dos EUA também já virou aquela coisa clichê, contam-se as bandas originais. Vão surgindo mais e mais bandas ou cantores de pop que cantam a mesma coisa, com o mesmo ritmo, sobre as mesmas letras. As músicas só falam de festas e festas e bebidas e curtição. PERAÍ NÉ?!! Eu quero mais música com sentimento, que realmente tenha um conteúdo e não como todas as músicas de hoje.

Redes Sociais
Aposto que a primeira rede social que você pensou foi o Orkut, né? (Se não foi, esquece) Apesar de agora ser uma rede social falida no mundo pós-facebook, eu realmente gostava dela. Acho até que era mais ilimitada em relação ao facebook, até pelo fato de você poder escolher seu plano de fundo. Também gostava muito das comunidades, achava o máximo aquelas que funcionavam como fã-clubes de livros e filmes, eu ficava horas lá só respondendo enquetes, baixando backgrounds disponibilizados, respondendo tags de opinião, etc. Mas aí se tornou aquela coisa em que as pessoas só criavam por interesse. Era aquilo de botar como título da comunidade "Ele: blá blá blá / Ela: blá blá blá... participe da comunidade e continue lendo", ou seja, só criavam aquelas histórias (muitas na maioria, bem toscas) para ganhar membros. Então depois surgiu aquilo de botar uma imagem bem feia e escrever "Repasse ou sua mãe será comida por zumbis", sério, eu achava aquilo o cúmulo do ridículo. Quando eu entrava no Orkut, dava logo aquela dor na vista. Então fui parando de entrar, até que abandonei de vez. Tem também a questão da blogosfera, não posso dizer que contam-se os blogs bons, porque ainda tem muito blog bom por aí, mas tomara que num futuro não muito distante, não piore. Você lê muito por aí post repetido (na maioria de moda) e muito blog que tá entupido de publipost (aqueles que só falam de parcerias). Claro, não tem nenhum mal em fazer parcerias, acho até uma coisa legal, tipo ganhar brindes com propagandas da loja, poder sortear algo para os leitores, enfim. Mas tem aquele blog que você vai na página inicial e só vê nomes de lojas nos títulos das postagens. E aí você vê o quanto a pessoa se vende para ganhar centenas de presentes.

Essas não são as únicas coisas que as pessoas estragaram, tem muito mais, só que só veio na mente essas, talvez eu faça uma continuação futuramente, se eu estiver clareado minha mente.
E você, o que acha?

6 comentários:

Luiza Grilli disse...

Concordo com que você escreveu, Manu! As coisas estão mudando, ficando cansativas de tão clichê que estão ficando.
Quando você disse que todo mundo entra na fila porque todo mundo entrou também, foi quando eu cheguei a pensar sobre a novela Avenida Brasil. Não está mais aquele clima de novela que prende a atenção dos telespectadores como eu era prendida, porque hoje se qualquer um vê está cada vez ficando mais ridículo que rumo essa novela tomou pelo funk. Músicas do momento com funk nada a vê? Eu simplesmente não gostei! Gosto quando a letra era valorizada.
Bem, não vou dar aqui aquela imagem de culta porque algumas vezes(ok, muitas) fui levada pela música simplesmente pelo rítimo e não pela letra, mas o que está acontecendo à nossa volta está ficando cada vez mais crítico.
Adorei o texto, Manu! Ainda bem que voltou!
Beijão!

Lelê disse...

Falou TUDO, mesmo!!! :D
De coração, não tenho nada a acrescentar.
Creio que as pessoas precisam ler isto, pois as pessoas do mundo hoje estão cada vez mais perdidas.

Sábias palavras Garotas de All Star!
Um beijo, com Deus.

www.meigaaocontrario.com

zihmagalhaes disse...

a primeira rede que eu pensei foi o flogão. HAHAHAHHA.

Elcimar Reis disse...

Realmente, isso acontece muito frequentemente! Há tantas invenções na Terra que podem nos possibilitar e abrir nossos olhos para tantas oportunidades maravilhosas, mas que são banalizadas e acabam se tornando algo insuportável. Das mesma maneira que citou o funk, vou citá-lo, realmente o que funk se tornou é de dar desgosto!... ADOREI o post!

Acesso Permitido.
Projeto Discipulando.
Entre pelo perfil~

Isabela Godoy disse...

Concordo super com você. As músicas estão cada dia piores, sem falar nos funks, que só tem letras imorais. Não sou fã de rock, mas minha cantora favorita está relacionada a esse gênero, então é impossível não prestar atenção nas letras / músicas. E sobre os blogs , é de fato muito cansativo isso de publicidade, uma época eu estava mais ou menos assim, chegava a postar resenha a semana toda, e percebi que isso espanta leitoras e que deixa o blog sem conteúdo, então parei de fazer isso e só posto resenhas agora uma ou duas vezes por semana, no máximo. Ótimo post, como sempre :)

Beijos,
http://www.deliriosdegarota.com

Ana Luiza disse...

Concordo com o que você escreveu sobre as músicas e redes sociais. Só acho que o Brasil é um país enorme, e vai cada vez mais, surgir diferentes tipos de músicas e pessoas que gostem dela. Não adiante se revoltar contra isso. Tem gente que curte funk e ao mesmo tempo rock. Eu sou um exemplo, eu escuto funk, rap, reggae, mpb, metal, rock, de TUDO mesmo. Eu acho que é disso que o Brasil precisa, pessoas que admiram todos os estilos, e não fica esse discussão tosca sobre tipos de músicas.

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